Não foram encontrados os dados do xilografo. Imagem disponível em http://marcosnogueira-2.blogspot.com/2011/01/os-cangaceiros-de-verdade.html.

sábado, 24 de novembro de 2012

O que é Literatura de Cordel por Francisco Filho Diniz


Fonte Imagem
Literatura de Cordel
É poesia popular,
É história contada em versos
Em estrofes a rimar,
Escrita em papel comum
Feita pra ler ou cantar.

A capa é em xilogravura,
Trabalho de artesão,
Que esculpe em madeira
Um desenho com ponção
Preparando a matriz
Pra fazer reprodução.

Mas pode ser um desenho,
Uma foto, uma pintura,
Cujo título, bem à mostra,
Resume a escritura.
É uma bela tradição,
Que exprime nossa cultura.

7 sílabas poéticas,
Cada verso deve ter
Pra ficar certo, bonito
E a métrica obedecer,
Pra evitar o pé quebrado
E a tradição manter.


Os folhetos de cordel,
Nas feiras eram vendidos,
Pendurados num cordão
Falando do acontecido,
De amor, luta e mistério,
De fé e do desassistido.

A minha literatura
De cordel é reflexão
Sobre a questão social
E orienta o cidadão
A valorizar a cultura
E também a educação.

Mas trata de outros temas:
Da luta do bem contra o mal,
Da crença do nosso povo,
Do hilário, coisa e tal
E você acha nas bancas
Por apenas um real.

O cordel é uma expressão
Da autêntica poesia
Do povo da minha terra
Que luta pra que um dia
Acabem a fome e miséria,
Haja paz e harmonia

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

XVI JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA - UNEB

A Jornada de Iniciação Científica "EU, A CIÊNCIA E O MUNDO" da Universidade do Estado da Bahia busca o intercâmbio das atividades de pesquisa desenvolvidas na modalidade de Iniciação Científica nas diversas áreas de conhecimento. O evento é aberto a toda a comunidade científica e tem foco específico para estudantes de graduação e seus orientadores, oportunizando discutir temas relevantes para a construção sistemática do conhecimento. 

Confira a programa AQUI

segunda-feira, 26 de março de 2012

Técnica que imita a xilogravura


Você vai precisar de:
- Guache de várias cores
- Folhas brancas e coloridas
- Pincéis
- Um rolinho de espuma
- Tesoura
- Bandejinhas de isopor (daquelas de frios)
- Palito de churrasco ou lápis
Agora veja, passo a passo, como é fácil e divertido!
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Passo 1: Tire as bordas da bandejinha. Depois, desenhe o que quiser com um palito de churrasco ou um lápis. Você não precisa marcar os traços com cor (aí na foto a cor preta aparece apenas para sinalizar os traços para você, aqui nas instruções). O que você precisa fazer é afundar bem o palito, ou o lápis) para fixar o desenho no isopor.
Passo 2: Com a ajuda do rolinho de espuma, espalhe o guache por toda a bandeja.
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Passo 3: Depois de ter preenchido a bandeja inteirinha, pegue uma folha e a pressione, com as mãos, sobre a parte pintada. Devagar, puxe a folha e veja como a impressão sai perfeita, como se fosse mesmo uma xilo.
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Passo 4: Se quiser inventar ainda mais, corte as bordas em triângulos e, com o pincel, pinte cada parte de uma cor.
Passo 5: Faça o mesmo processo de puxar o papel devagar e veja que figura diferente você criou!
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Passo 6: Também dá para pintar tudo de uma cor só e imprimir em um papel colorido! Crie, invente, faça o que quiser e encha sua casa de cores! Para secar bem, você pode espalhar pela mesa ou, quem sabe, pendurar no varal como se fosse uma exposição de xilo. Divirta-se!

Fonte: Estadão

O QUE É CORDEL?




O QUE É CORDEL?
Os cordéis são feitos em versos. Cada verso é uma linha que compõe um poema. E agrupando esses versos em um conjunto, você forma uma estrofe.
Agora, para ser cordel de verdade, é preciso levar três coisas em consideração: a rima, a métrica e a oração.

A RIMA
Rimar é repetir o mesmo som no final dos versos. Chocolate, por exemplo, rima com abacate. Boneca com caneca. Futebol com caracol e assim por diante.

A MÉTRICA
Este é um assunto um pouco mais complicado. Ela representa o tamanho dos versos, pois métrica vem de metro.
O que mais se usa no cordel é o redondilha maior. Nele, cada frase é feita com sete sílabas. Como esta: “O Ce-a-rá é meu chão”.
Os cordelistas podem fazer isso de cabeça, usando a intuição. Mas, muitas vezes, esse trabalho é totalmente raciocinado.

A ORAÇÃO
É o último passo passo para você aprender e antes de treinar, escrevendo seu próprios versinhos. Para o escritor e artista cearense Klévisson Viana, é preciso “dizer coisa com coisa”, ter espontaneidade e clareza no assunto que se vai escrever ou falar.
De nada adianta ficar preso às rimas, por exemplo, e fugir do tema. Um bom verso de cordel é aquele que junta os três passos em uma única história.
Depois dos versos prontos é que vem as ilustrações. Elas aparecem no meio da história e também na capa. A técnica de ilustração mais usada nos cordéis, desde 1950, é a xilogravura. O desenho é feito na madeira e, para imprimir, o artista passa tinta nessa peça e depois a carimba em um papel.

sábado, 17 de março de 2012

INSTRUÇÕES PARA A DIGITAÇÃO DE CORDÉIS DIGITALIZADOS



FIQUE ATENTO!

  • A PRIMEIRA PÁGINA DEVERÁ CONTER A FOTO DA CAPA DO CORDEL; 
  • CADA PÁGINA DIGITADA DEVERÁ CONTER, IGUALMENTE, O NÚMERO DE ESTROFES DO CORDEL ORIGINAL;
  • AS CORREÇÕES ORTOGRÁFICAS NÃO DEVERÃO SER FEITAS (CONSERVAR ORTOGRAFIA ORIGINAL);
  • INSERIR PAGINAÇÃO, CONFORME CORDEL ORIGINAL;
  • AS INFORMAÇÕES CATALOGRÁFICAS, DISPONIBILIZADAS PELO SITE NO ATO DA PESQUISA, DEVERÃO SER INCLUÍDAS NA ÚLTIMA PÁGINA.

segunda-feira, 12 de março de 2012

O que é ser criança por Samira Santana Pena

O que é ser criança?
 

Ser criança é entrar na dança seja qual for à música
É não ter vergonha de sonhar
Se arriscar sorrindo em um sonho lindo e puder voar
Criança é rabugenta, é birrenta, é teimosa
É a coisa mais gostosa que uma mãe pode esperar
Criança é alegria que contagia e irradia qualquer lugar.

Ser criança é entrar no jogo sem medo
Sem pensar no erro ou em se estabacar
Guardando sempre segredos aqui ou acolá
Pensando no mundo claro ou escuro
Pra criança é sempre tempo de se libertar
Criança é alegria que contagia e irradia qualquer lugar.

Ser criança é ter respeito
É amar direito sem medo de se magoar
É entrar de cabeça na brincadeira sem saber brincar
Criança é coisa séria, é atmosfera de pureza
Verdade e incerteza na hora de rabiscar
Criança é alegria que contagia e irradia qualquer lugar.

Ser criança é falar a verdade
Na escola, no parque ou no lar
Criança encanta por saber sambar
Sendo sempre sincera nem bela nem fera
É a estrela mais bela que no céu vai brilhar
Criança é alegria que contagia e irradia qualquer lugar

S – abe como é ser feliz
A – ma a todos que puder amar
M – ovimenta, inventa sem pestanejar
I – magina e sonha com seu lindo futuro
R – indo de tudo que anda a escutar
A – Sílvio eu dedico esse verso que ensina a amar

Autoria: Samira Sanatana Pena
Graduanda do curso de Licenciatura Plena em Pedagogia
da Universidade do Estado da Bahia - Campus I

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O CORDEL NA SAPUCAÍ



Este ano, a escola de samba Acadêmicos do Salgueiro homenageia a literatura de cordel. O enredo foi intitulado "Cordel branco e encarnado". 
Ótima oportunidade para mostrar a riqueza do cordel.

Confira:

Cordel Branco e Encarnado
Minha “fia”, meu senhor 
Deixa eu me apresentar 
Sou poeta e meu valor 
Vai na avenida passar 
Basta imaginação 
Um “cadim” de inspiração 
Que eu começo a versar

Vou cantar a minha arte 
Que nasceu bem lá distante 
Num lugar que hoje é parte 
Da nossa origem errante 
Vim das bandas da Europa 
Nas feiras, a boa trova 
Era demais importante!

Foi assim que o mar cruzei 
Na barca da encantaria 
Chegou por aqui um Rei 
Com bravura e poesia 
Carlos Magno o os doze pares 
Desfilando pelos mares 
Da mais real fidalguia

E veio toda a nobreza 
Que um dia eu imaginei 
Rainha, duque, princesa 
E até quem eu não chamei: 
Um medonho de um dragão 
Irreal assombração 
Dessa corte que eu sonhei

Também tem causo famoso 
Que nasceu lá no Oriente 
De um tal misterioso 
Pavão alado imponente 
Que cruza o céu de relance 
Dois jovens, e um só romance 
Vencendo o Conde inclemente

Todas essas histórias 
Renasceram no sertão 
Onde vive na memória 
O eterno Lampião 
E não houve um brasileiro 
Que de Antônio Conselheiro 
Não tivesse informação

Pra viajar no meu verso 
É preciso ter “corage” 
Vai que um bicho perverso 
Surge que nem “visage”? 
Nas matas sertão afora 
Lobisomem, caipora 
Que medo dessas “image”!!

Pra findar esse rebuliço 
Rezar é a solução! 
Valei-me meu “padim” Ciço! 
Vá de retro, tentação! 
Nossa Senhora eu não quero 
(Tô sendo muito sincero) 
Cair nas garras do cão!

E não é que meu santo é forte? 
Cheguei ao céu divinal 
É tamanha a minha sorte 
A minha vitória afinal 
É cantar com alegria 
Fazer verso todo dia 
Na terra do carnaval

Ao ver chegar a tal hora 
Da minha “alegre” partida 
Saudade, palavra agora 
Tem posição garantida 
Mas não se avexe meu irmão 
Que hoje a coroação 
Acontece é na avenida

Pois eles hão de herdar 
Todo esse sertão sonhado 
Monarcas que vão reinar 
Na corte do Sol dourado 
Poetas de tradição 
Recebam de coração 
Um cordel Branco e Encarnado

E agora eu vou sem medo 
Fazer festa “de repente” 
Vai nascer um samba-enredo 
Pra animar toda a gente 
Afinal, não sou melhor 
Muito menos sou pior 
Só um poeta diferente!

Renato Lage, Márcia Lage, Departamento Cultural